Hevaldo puxou o ar com força pelo nariz, desentupindo-o por dentro; em
seguida, puxou um pigarro das profundezas e cuspiu o catarro no chão ao
seu lado, sem a menor cerimônia. Passou a língua pelos dentes, olhando
ao redor, para a área vazia embaixo da árvore, o chão de terra batida e a
barraquinha que Elias chamava de bar, aquele salafrário ladrão.
Palmeou as mãos na mesa áspera num gesto controlador. Inspirou gravemente. Na cabeça, pensamentos desconexos sobre como o mundo estava perdido, como todos naquele povoado eram devassos, fracos ou fofoqueiros - ou mais de uma dessas coisas ao mesmo tempo -, como a vida lhe era difícil e como seus filhos eram todos imprestáveis. No rosto, sucedidas expressões de desagrado e raiva acompanhavam os pensamentos.
Hevaldo pegou o copo de cerveja já pela metade e o virou bruscamente na goela, fazendo uma careta em seguida e limpando a boca com as costas da mão, exageradamente. Deu um tapa violento na mesa e pediu a conta num grito grosseiro.
Elias, o dono do bar, ouviu o tapa e o grito, os quais não lhe provocaram expressão alguma. Pôs-se, simplesmente, a calcular a conta de Hevaldo num pedaço de papel, sem se dar ao trabalho de responder ou ir até o cliente.
O ambiente permaneceu silencioso. Ninguém vira Hevaldo; ao longo de seu teatro, nem o cachorro vadio que costumava rondar o bar aparecera.
Palmeou as mãos na mesa áspera num gesto controlador. Inspirou gravemente. Na cabeça, pensamentos desconexos sobre como o mundo estava perdido, como todos naquele povoado eram devassos, fracos ou fofoqueiros - ou mais de uma dessas coisas ao mesmo tempo -, como a vida lhe era difícil e como seus filhos eram todos imprestáveis. No rosto, sucedidas expressões de desagrado e raiva acompanhavam os pensamentos.
Hevaldo pegou o copo de cerveja já pela metade e o virou bruscamente na goela, fazendo uma careta em seguida e limpando a boca com as costas da mão, exageradamente. Deu um tapa violento na mesa e pediu a conta num grito grosseiro.
Elias, o dono do bar, ouviu o tapa e o grito, os quais não lhe provocaram expressão alguma. Pôs-se, simplesmente, a calcular a conta de Hevaldo num pedaço de papel, sem se dar ao trabalho de responder ou ir até o cliente.
O ambiente permaneceu silencioso. Ninguém vira Hevaldo; ao longo de seu teatro, nem o cachorro vadio que costumava rondar o bar aparecera.
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